'Teve muito choro, bateu forte no coração': Chitãozinho e Xororó falam da série biográfica do Globoplay
Música e artes
Publicado em 17/08/2023

'As aventuras de José & Durval', que estreia nesta sexta-feira (18), traz principais pontos da carreira da dupla sertaneja, em atividade há 52 anos

Contrariando as evidências, a história de Chitãozinho e Xororó ainda não havia sido contada na televisão em todos os seus detalhes. Pois a sofrência acabou. Nesta sexta-feira (18) entram no ar os três primeiros episódios, de um total de oito, de “As aventuras de José & Durval”, nova produção do Globoplay. Ainda bem. É impossível entender uma das mais consequentes transformações da música popular brasileira do século passado sem ouvir com atenção as vozes e as histórias dos irmãos José Lima Sobrinho, de 69 anos, e Durval de Lima, quatro anos mais novo.

Batizados há 52 anos de Chitãozinho e Xororó, eles foram pioneiros na construção do sertanejo, com seus arranjos que bebiam do caipira mas também da Jovem Guarda e de Nashville, dos Beatles e de Nelson Gonçalves, enquanto o país que cantavam se urbanizava rapidamente.

— Quando olhamos o que virou o sertanejo, temos orgulho. Nossa música era tão marginalizada que parece que não tínhamos permissão nem para sonhar — diz Xororó, em entrevista por videochamada de Campinas, onde estavam gravando a primeira música inédita em dois anos, “Chuva”, um tributo aos agricultores, que chega amanhã ao YouTube e ao streaming.

A série de Hugo Prata (de “Elis”) tem tom mais lúdico do que seu paralelo óbvio, o longa “Dois filhos de Francisco”, de Breno Silveira, sobre Zezé di Camargo e Luciano, herdeiros diretos dos amigos. 

Ela vai da infância de José e Durval (os meninos Pedro Tirolli e Pedro Lucas e depois os irmãos Felipe e Rodrigo Simas) no interior paranaense até a explosão comercial, nos anos 1990. Da falta de dinheiro e comida ao desafio consciente e vitorioso a certo bom gosto — que louva, para ficar em universos retratados pelo próprio Prata, “Romaria” com Elis mas nem sempre “Saudade da minha terra” com a dupla. Do calvário da doença mental da mãe (Andréia Horta, arrepiante) às imperfeições de um pai dedicado (Marco Ricca, idem). Dos primeiros amores aos casamentos e aumento da família.

Do que “As aventuras de João e Durval” e nem Chitãozinho e Xororó na entrevista falam é de política, tema polêmico no universo sertanejo. Já Sandy e Júnior aparecem sim, mas os spoilers terminam nesta linha.

 

Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/streaming/noticia/2023/08/17/teve-muito-choro-bateu-forte-no-coracao-chitaozinho-e-xororo-falam-da-serie-biografica-do-globoplay.ghtml

 

 

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