A Vivo concluiu a operação de compra de parte da base de assinantes da rede celular da Oi. Com a aquisição, finalizada há uma semana, os clientes paranaenses da Oi dentro das áreas de DDD 41 – 36 municípios da Região Metropolitana de Curitiba e litoral – e DDD 42 – 57 cidades das regiões de Ponta Grossa e Guarapuava – passarão nos próximos meses a ser atendidos pela Vivo. Já para os clientes da Oi nos DDDs 43, 44, 45 e 46 a nova operadora será a Claro.
A compra feita pela Vivo custou, em todo o país, cerca de R$5,4 bilhões. A aquisição foi confirmada em um fato relevante divulgado pela Telefônica Brasil S.A., controladora da Vivo, no último dia 20. No Paraná, cerca de 700 mil linhas de celulares serão migradas da Oi para a Vivo. O processo deve começar já nas próximas semanas, como explicou à Gazeta do Povo o vice-presidente de Marketing e Vendas para o segmento Consumer da Vivo no Brasil, Marcio Fabbris, e só deve ser efetivamente concluído no final de 2022.
Vivo promete experiência melhor aos clientes da Oi em poucas semanas
Segundo ele, a rede da Oi não vinha recebendo atualizações de tecnologia por conta da recuperação judicial. Com isso, tecnologias como a conexão à internet pela rede 4G estavam restritas a poucos assinantes. “Vamos trabalhar para que esses clientes tenham uma experiência melhor, e isso vai acontecer já nas próximas semanas”, garantiu Fabbris.
“Esses assinantes ainda serão clientes da Oi, com faturas e créditos pré-pagos da Oi, mas já poderão usar a rede da Vivo. Isso é uma mudança importante. A Oi ofertava acesso à rede 4G somente em 27 municípios dentro desse universo que nós estamos recebendo como novos clientes dos DDDs 41 e 42. A Vivo já tem uma rede 4G estabelecida em 86 desses municípios. Na prática, os clientes de quase 60 municípios que estavam restritos às redes 3G vão poder ter esse salto de velocidade e qualidade no 4G, desde que tenham aparelhos compatíveis”, continuou.
Com a migração, a presença da Vivo nas duas regiões adquiridas junto à Oi vai aumentar de forma significativa. Na área do DDD 41, o market share da empresa vai passar de 11% para 25%. Crescimento semelhante vai se verificar na região do DDD 42 – de 9% para 24%. “Foi um investimento muito importante, e que nos deixou muito felizes com o resultado até o momento. Estamos bem-preparados para receber esses novos clientes”, comemorou o vice-presidente.
Vivo terá que manter as mesmas condições de preços e planos para clientes migrados da Oi
Fabbris explicou à reportagem que não houve por parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a determinação de um prazo final para que ocorra a migração dos clientes de uma operadora para outra. O que a agência reguladora determinou, disse o representante da Vivo, é que sejam asseguradas na nova operadora as mesmas condições de preços e planos que esses assinantes já tinham na Oi.
“É justamente esse processo que faz com que a migração só tenha seu início efetivo no final do ano”, comentou Fabbris. “Muitos desses planos não eram oferecidos por nós aqui na Vivo, então nós estamos nesse processo de desenvolver esses planos, nas mesmas condições de velocidade e conexão para permitir que esses clientes tenham garantido o acesso às mesmas condições que eles tinham na operadora anterior”, completou.
Para garantir que nem os 700 mil novos clientes nem a base atual de assinantes da Vivo sofram quaisquer problemas de conexão após a migração, a empresa vem investindo em melhorias na rede. De acordo com Fabbris, em 2021 a empresa investiu mais de R$280 milhões em infraestrutura de telefonia celular em todo o Paraná. “Afinal, qualquer outro cliente da Oi ou de qualquer outra operadora de outras regiões do Paraná pode pedir a portabilidade, a qualquer momento, para a Vivo. Por isso temos que estar preparados”, disse.
Clientes migrados da Oi terão benefícios, que podem ser antecipados com a portabilidade
Ao completar a migração, os antigos assinantes da Oi passarão a ter os mesmos benefícios que todos os outros clientes da Vivo: descontos na compra de smartphones e na contratação de combos com celular, internet fixa e TV por assinatura. Mas, apontou Fabbris, esse processo pode ser abreviado caso esses novos clientes optem pela portabilidade, o que também pode trazer facilidade para quem já era assinante de outros pacotes da Oi além do celular.
“A Vivo ficará responsável somente pela parte da telefonia celular e acesso móvel à internet, o que pode gerar situações em que os clientes passarão a ter duas ou mais faturas de empresas diferentes. Para quem quiser fazer essa antecipação e pedir a portabilidade, nós temos ofertas com várias opções de franquia, benefícios e diferenciais, como os planos familiares e os combos. Sempre lembrando que isso não é obrigatório, é uma opção que o cliente tem. Quem não quiser antecipar essa portabilidade, ainda assim terá garantida a manutenção das condições que tinha na Oi quando a migração for concluída, no final de 2022”, apontou.
Fonte: Tribuna do Paraná