Alzheimer: novo teste de sangue pode descobrir doença 3,5 anos antes do diagnóstico clínico.
Informativo
Publicado em 02/02/2023

Descobrir o Alzheimer com 3,5 anos de antecedência por um simples teste de sangue, para previnir a doença. É o que pretendem cientistas para tratar a doença antes mesmo do diagnóstico clínico – aquele que é feito pelo médico. Isso será inovador!

A pesquisa é desenvolvida no Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência (IoPPN) do King’s College London, do Reino Unido.

O estudo, publicado na revista científica Brain , baseia-se na proposta de que os componentes do sangue humano podem modular a formação de novas células cerebrais, um processo denominado neurogênese.

A neurogênese ocorre em uma parte importante do cérebro chamada hipocampo que envolve o aprendizado e a memória.

Impactos

Uma vez que a doença de Alzheimer afeta a formação de novas células cerebrais no hipocampo, nos estágios iniciais da doença, estudos anteriores só conseguiram estudar a neurogênese em seus estágios posteriores por meio de autópsias.

Para entender as mudanças iniciais, os pesquisadores coletaram amostras de sangue ao longo de vários anos de 56 indivíduos com Comprometimento Cognitivo Leve (MCI).

Esta é a condição em que alguém inicia a piora de sua memória ou capacidade cognitiva. Embora nem todos os que sofrem de MCI desenvolvam a doença de Alzheimer, aqueles com a doença progridem para um diagnóstico em uma taxa muito maior do que a população em geral.

Dos 56 participantes do estudo, 36 receberam o diagnóstico de doença de Alzheimer.

Estudo

Na pesquisa, são examinadas células cerebrais do sangue coletado de pessoas com MCI, explorando como mudaram em resposta ao sangue à medida que a doença de Alzheimer progredia.

Ao estudar como o sangue afeta as células cerebrais, os pesquisadores fizeram várias descobertas importantes.

As amostras de sangue coletadas de participantes ao longo dos anos que posteriormente se deterioraram e desenvolveram a doença de Alzheimer promoveram uma diminuição no crescimento e divisão celular e um aumento na morte celular apoptótica (o processo pelo qual as células são programadas para morrer).

Os pesquisadores observaram que essas amostras também aumentaram a conversão de células cerebrais imaturas em neurônios do hipocampo.

Camundongos

Estudos anteriores mostraram que o sangue de camundongos jovens pode ter um efeito rejuvenescedor na cognição de camundongos mais velhos, melhorando a neurogênese do hipocampo.

Tal análise possibilita rever a avaliação sobre o processo de neurogênese em um prato usando células cerebrais humanas e sangue humano.

Este estudo  conta com o financiamento da John and Lucille van Geest Foundation, Medical Research Council UK, Cohen Charitable Trust, Galen and Hilary Weston Foundation e Rhodes Trust.

Fonte: https://www.sonoticiaboa.com.br/2023/02/02/alzheimer-teste-sangue-descobrir-doenca-35-anos-antes-diagnostico-clinico

 
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