Ana Castela será a maior cantora sertaneja do Brasil, afirma executivo da música
Música e artes
Publicado em 28/06/2023

Sérgio Affonso, ex-presidente da Warner Music Brasil, exalta a cantora sertaneja Ana Castela e destaca a construção genial de ritmos do “agronejo

Talento, visão de mercado e sucesso: essas três palavras definem bem Sérgio Affonso, o novo entrevistado do Movimento Country. Há mais de 55 anos trabalhando na indústria fonográfica, o ex-presidente da Warner Music Brasil, uma das maiores gravadoras do mundo, agora se permite dedicar a um grande sonho frente ao selo “Alma Viva“.

 

Desde que deixou a presidência da Warner, Sérgio Affonso trabalha incessantemente na descoberta de novos talentos para, assim, inseri-los no ramo da música da forma mais preparada possível.  Essa tarefa parece não ser tão difícil ao profissional, que traz em seu currículo nomes de peso como AnittaLudmillaIZASambô e muitos outros artistas de sucesso do nosso país.

Assim como o nome do seu selo, o empresário já trouxe muita vida para a alma da música nacional. Em 2021, Sérgio Affonso recebeu a coroação da Billboard, que o elegeu como um dos ‘International Power Players‘ daquele ano, devido ao seu trabalho de excelência frente à Warner Brasil e no gerenciamento de carreiras de sucesso.

A realidade é que a Warner é uma das gravadoras que mais se reinventam na atualidade. A abertura de portas ainda maiores para o funk e sertanejo, atualmente os ritmos mais populares do Brasil, vem moldando um novo – e lindo – futuro para a música nacional, livre de preconceitos e do jeito que o público gosta e consome.

Na entrevista, ao falar sobre o funk, Sérgio Affonso rasga elogios ao gênero e confessa que chegou a preparar um projeto que o levaria para o mundo, com bailes em Nova York, na Times Square, em Lisboa e muitos outros pontos estratégicos. Para ele, inclusive, a dominação está apenas começando e o funk chegará ainda mais longe.

“O gringo enlouquece quando escuta o funk brasileiro. Depois do reggaeton, talvez [o funk] seja a música pop/urbana mais criativa que existe. Então, o gênero é muito poderoso, e ainda está só começando a se organizar. Evidentemente carecia de uma administração, e já tem gente fazendo trabalhos incríveis”, disse ao Movimento Country.

Para o empresário, ainda, dois emblemáticos nomes nacionais ainda ganharão muito mais destaque internacional: “A música consumida do Brasil [no exterior] ainda é a bossa nova, a música popular brasileira… mas o funk entra forte e acho que artistas como AnittaLudmilla e outros ainda vão fazer muito sucesso”.

 

“O agronejo é a mistura mais criativa do momento”

Para Sérgio Affonso, o funk e o trap já são a música popular do Brasil na atualidade. No entanto, vale destacar uma menção honrosa para a música sertaneja, que ao longo das décadas vem atingindo o grande público em lugares que antes era impossível sua chegada.

Para Sérgio Affonso, a evolução do sertanejo é um fato incrível. Se antes não entrava no Rio de Janeiro, agora é por lá que os grandes artistas estão chegando. Em shoppings, a dominância vem acontecendo de forma brilhante, bem como em outros locais que ela não alcançava, ao contrário dos interiores, onde tem décadas de dominância.

O empresário também cita um gênero que se despontou como o queridinho do público e já comentamos aqui no Movimento Country que tem tudo para dominar os próximos anos: o chamado “agronejo“. Para ele, artistas como Ana CastelaLuan PereiraIsrael e Rodolffo – além do duo Us Agroboy e Leo e Raphael – estão revolucionando a música sertaneja atualmente.

Produzidos por Eduardo Godoy, a grande mente pensante que idealizou e deu fama ao “agronejo” durante e depois da pandemia, o gênero está estourado e significa muito mais que as letras falando da roça, de chapéus e botinas: traz uma mistura de sonoridades impecáveis que até então não havia sendo explorado pelas músicas populares do país.

“Tem gente no Brasil fazendo uma mistura musical que, para mim, é a mais criativa do momento, e de uma inteligência… Eles foram uma das últimas coisas que eu deixei contratado na Warner, porque eles conseguiram fazer músicas onde começam com o sertanejo, passam pelo funk, entram no trap, voltam para o sertanejo e terminam no sertanejo”, disse Sérgio Affonso.

Em seguida, o empresário cita a “Fazendinha Sessions“, um projeto que traz uma espécie de “Poesia Acústica“, com os maiores nomes do gênero, para interpretar canções sertanejas e tem dado muito, mas muito certo. Para ele, inclusive, o pessoal do “agronejo” está levando o trap e o funk para o interior do Brasil, onde a música sertaneja chega facilmente e os outros gêneros não.

“É uma ideia incrível você ir no meio do mato e ver um cara cantando funk. Eles estão fazendo essa mistura de uma forma inspiradora”, elogiou Sérgio Affonso, destacando Ana Castela e dizendo com convicção que ela veio para ficar.

Ana Castela: a nova suprema da atualidade e dos próximos anos

Agora vamos falar sobre Ana Castela! A jovem artista, de apenas 19 anos, transfigurou a música sertaneja. Com um talento ímpar, carisma ‘de milhões’ e letras muito cativantes, a cantora sertaneja, namorada de Gustavo Miotorecebe muitas comparações com Marília Mendonça, e o motivo é a sua grandiosidade na atualidade.

Music Brasil, ficou enlouquecido pela Ana Castela e sua arte. Sem avisar, ele chegou a participar da gravação do ‘Faustão na Band’, em São Paulo, para encontrá-la, e, desde então, o empresário aposta que a sertaneja será a nova suprema para os próximos anos, podendo até ser a da história:

“Precisa fazer muita besteira para ela não ser a artista brasileira mais importante do Brasil em mais de uma década. Ela tem juventude, beleza, passa uma alegria, ela é tudo!”, elogia ele, que logo em seguida volta a falar sobre sua música: “Ela faz uma mistura que é importante para o Brasil, como no Fazendinha Sessions, que é uma loucura absurda. É a música sertaneja se renovando na cara da gente, e eu acho isso impressionante”, exclama.

 

De fato, Ana Castela vem comandando a música sertaneja e já é a artista mais tocada do segmento em âmbito nacional e mundialApelidada carinhosamente de “a nova Marília Mendonça”, a cantora sertaneja encanta multidões por onde passa, e não se prende no sertanejo! O pop e o funk fazem parte e trazem um grande diferencial para essa construção meteórica que tem sido a sua carreira.

Afinal de contas, o que é o “agronejo”?

Muito se fala e aborda sobre o “agronejo”, mas muita gente ainda não sabe designar esse novo gênero que está mudando e revolucionando a música sertaneja. Para explicar esse fenômeno, devemos primeiramente citar uma pessoa imprescindível para que isso acontecesse: Eduardo Godoy.

Foi pelas mãos deste produtor de grandes sucessos, durante a pandemia, que o “agronejo” nasceu e começou a dar os primeiros passos rumo ao topo das paradas nacionais. No catálogo entre os mais importantes, se destacam Luan Pereira, Us Agroboy, Leo e Raphael e Ana Castela, que tem se tornado um fenômeno da música.

O estilo “agronejo” une a música sertaneja, o trap e o funk fazendo uma mistura inédita na música brasileira agradando tanto o público sertanejo, quanto os amantes da música pop e dos derivados gêneros. É aquele tipo de letra que exalta a vida no campo, o trabalho, as vestimentas típicas sertanejas, e traz um toque de diversão e criatividade para tudo que se propõe a fazer.

Mais do que a abundância do agronegócio, como muitos apontam por aí, o “agronejo” é a celebração de variados e populares gêneros para a construção de um novo e divertido ritmo que, cá entre nós, caiu no gosto do público e não cessará tão cedo.

Fonte: https://www.movimentocountry.com/sergio-affonso-ana-castela-maior-sertaneja/

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